Análise do Ozônio Troposférico sobre o Observatório Espacial do Sul de 1996 a 2000

Dentro da Parceria entre o Laboratório de Ciências Espaciais de Santa Maria – LACESM/CT/UFSM e o Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais – CRSPE/INPE – MCT, sondagens atmosféricas para medida de perfis de ozônio troposférico e estratosférico tem sido desenvolvidas no Observatório Espacial do Sul (29,4°S, 53,8°W) desde 1996. Neste trabalho são analisadas 50 sondagens lançadas de novembro de 1996 a dezembro de 2000. Foram analisadas todas as sondagens que atingiram a altitude mínima de 17,5 km, a altitude da tropopausa sobre a região. A variação sazonal de ozônio troposférico no Observatório Espacial do Sul é ao redor de 55%. A média do ozônio troposférico no período é 31,3 ± 5,7 UD (máximo em outubro de 40,2 UD e mínimo em março de 22,9 UD). O ozônio troposférico representa aproximadamente 12% da coluna total de ozônio (9% em março e 15% em outubro). Cerca de 62 % das sondagens apresentaram picos secundários de ozônio na troposfera. A altitude média da presença dos picos está ao redor 3,3 km, mas houve ocorrência de picos numa faixa de 0,9 a 6,1 km. A média da pressão parcial de ozônio nesta extensão de altitude sem os picos é 19,5 ± 3,5 μhPa, enquanto que com os picos a média é de 38,8 ± 10,6 μhPa. A distribuição sazonal dos picos é desigual, ocorrendo principalmente em janeiro, novembro e dezembro, com 100%, 91% e 70% das sondagens mensais, respectivamente.