Medições De Resistividade Do Solo Na Linha De Transmissão Norte-Sul

O transporte de energia elétrica desde as fontes geradoras até os centros consumidores é feito por sistemas de Linhas<br>de Transmissão (LT’s). No Brasil, as LT’s em 60 Hz são trifásicas, o que significa que a energia elétrica está variando<br>em amplitude a uma taxa de 60 vezes por segundo em três percursos defasados entre si de 120 graus. Junto à linha de<br>transmissão, há um sistema de pára-raios, usado para a proteção da linha, que também pode ser usado para<br>transmissão de dados. Neste caso, utiliza-se um cabo especial chamado OPGW (“Optical Groundwire”), constituido,<br>internamente, por fibras ópticas. Face às grandes distâncias percorridas pelas LT’s, há um decaimento da potência do<br>sinal luminoso que trafega pelo cabo óptico. Para garantir a integridade dos sinais é necessária a instalação de<br>equipamentos amplificadores ao longo da linha. Esses amplificadores são constituídos por dispositivos sensíveis e são<br>estratégicos para a operação da LT em que estão inseridos. De fato há necessidade de instalações protegidas contra<br>surtos que são causados, principalmente, por descargas atmosféricas. Dentre as especificações para o projeto de<br>instalações de amplificadores há a malha de terra, e para dimensioná-la, é necessário conhecer as características do<br>solo  É através dele que as correntes de surto escoarão. Este trabalho apresenta as medidas de resistividade do solo<br>próximo às instalações dos amplificadores ópticos da LT Norte-Sul, a ser inaugurada no primeiro semestre de 1999, e<br>que interliga o bloco de energia elétrica do Sistema Sul-Sudeste-Centro-Oeste com o bloco da região Norte.