1887

Abstract

A Província Tocantins é resultado da convergęncia entre as paleoplacas Săo-Franciscana, Amazônica e Paranapanema durante a orogenia Brasiliana no Neoproterozoico. O norte da província, localizado entre os cratons Săo Francisco e Amazônico, apresenta trend geológico para NE-SW, coincidente com a direçăo do alto gravimétrico Bouguer regional (200km de largura e 700km de comprimento) localizado no Brasil central. A analise integrada dos dados de refraçăo sísmica profunda com os dados gravimétricos, mostra que o alto gravimétrico representa um corredor, onde o manto Neoproterozoico se encontra mais raso, denso, quente e provavelmente menos depletado do que os mantos Paleoproterozoicos vizinhos, relacionados aos cratons Amazônico e Săo Francisco. Com intuito de determinar a anisotropia do manto litosférico nesta regiăo através do estudo de fases SKS, foram analisados telessismos registrados em seis estaçőes broadband pertencentes a rede sismográfica para estudos tectônicos do LabLitos(UnB), localizadas no limite oeste do alto gravimétrico do Brasil central (Figura 1). As estaçőes estăo organizadas ao longo de dois perfis NW-SE. Um próximo a latitude 13şS onde se encontram as estaçőes RET8 e RET9 (uma estaçăo se encontra acima do gradiente gravimétrico e a outra a noroeste). O segundo perfil, próximo da latitude 12şS, contem as estaçőes RET2, RET3 e RET4, instaladas acima do gradiente gravimétrico, a oeste, e a leste. Ao norte, próximo ao complexo máfico-ultramáfico acamadado de Porto Nacional, se encontra a estaçăo RET1, instalada acima do alto gravimétrico. A anisotropia no manto superior pode ser resultado de uma deformaçăo antiga ou de uma deformaçăo atual, que esta em andamento. A deformaçăo decorrente de um evento de orogęnese passado produz uma trama no manto superior, que pode continuar estável após o relaxamento termal do orógeno, chamada comumente de anisotropia congelada (Ben Ismail & Mainprice, 1988; Founch & Rondenay, 2006; Nicolas & Christensen, 1987; Plomerová et al., 2008; Savage, 1999; Vauchez & Nicolas, 1991). A movimentaçăo e deformaçăo atual do manto astenosférico, relacionada com o movimento das placas tectônicas, também pode produzir uma orientaçăo dos cristais de olivina. Esta movimentaçăo é a principal geradora da anisotropia em manto litosférico que se encontra abaixo de crosta oceânica (Conrad et al., 2007; Tommasi, 1998; Wolfe & Silver, 1998). A regiăo de estudo se localiza em terrenos tectonicamente estáveis, com a estruturaçăo principal formada durante o Neoproterozóico/Cambriano, logo a anisotropia do manto superior nesta regiăo provavelmente se trata de uma anisotropia congelada, produzida durante a aproximaçăo das paleoplacas Amazônica e Săo-Franciscana.

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2012-11-27
2024-04-25
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