1887

Abstract

Desde a década de 50, quando as bases do método MT foram desenvolvidas (Cagniard, 1953; Tikhonov, 1950) muitos trabalhos têm contribuído para seu desenvolvimento teórico. Um aspecto importante incorporado aos trabalhos teóricos sobre o MT a partir da década de 60 foi a anisotropia e seus efeitos, uma vez que este fenômeno é verificado em muitos ambientes terrestres (Eisel e Haak, 1999). Segundo Mareschal e Bailey (1995); Eisel e Haak (1999), a anisotropia na condutividade elétrica é um fator intimamente ligado aos conjuntos tectônicos e aos aspectos evolucionários das estruturas geológicas da terra; como o método MT é baseado na medição da resistividade dos solos, é essencial entender a implicação nessas medidas. As primeiras formulações do MT tratavam de modelos 1D em camadas isotrópicas. Nas primeiras aplicações para modelos com anisotropia os modelos representavam casos muito específicos, e até meados da década de 70 todos os trabalhos tratavam de casos unidimensionais, como pode-se verificar nos trabalhos de, Mann (1988), O’Brien e Morrison (1967), Rankin e Reddy (1969), Praus e Petr (1969), Chetaev (1960), Sinha (1969), Reddy e Rankin (1971), Abramovici (1974). Abramovici e Shoham (1977) fizeram as primeiras tentativas de inverter os dados MT 1D, Pek e Santos (2001) fizeram a inversão de dados MT 1D baseados na formulação de Abramovici, para a anisotropia arbitrária, tal formulação pode ser vista em Pek e Santos (2001, 2002, 2006). Com o avanço das técnicas computacionais os modelos bi e tridimensionais tornaram-se possíveis, e as soluções numéricas via técnica dos Elementos Finitos (EF), Diferenças Finitas (DF), Equação Integral (EI) começaram a ganhar força neste cenário; e os modelos MT cada vez mais realistas. As investigações de modelos anisotrópicos 2D iniciaram com Reddy e Rankin (1975), que apresentaram um algorítmo via EF para um modelo de camadas com anisotropia horizontal. PEK e VERNER (1997) e Weidelt (1996 apud Li (2002)), modelaram, via técnica de DF, respostas MT de estruturas bi e tridimensionais, respectivamente, considerando anisotropia arbitrária. Li (2002) modelou, via EF, o MT 2D com anisotropia arbitrária e depois, em parceria com Pek (lip), modelou com o uso de malhas não estruturadas, comprovam que a formulação 2D via Elementos Finitos é uma ferramenta mais adequada que o método numérico das Diferenças Finitas para os problemas de MT em superfícies irregulares. A formulação dos trabalhos citados é diretamente calculada no campo total. O objetivo deste trabalho é incorporar na literatura a solução do problema MT 2D com anisotropia para uma formulação que separa o campo resultante em duas partes, primária e secundária. Tal formulação não é encontrada na literatura, apesar desta técnica ser bem conhecida entre os autores. Ainda que teoricamente, desatrelar do campo total a contribuição advinda especificamente das camadas do meio, sem qualquer corpo em seu interior, e verificar se tal formulação pode contribuir com os resultados até então calculados através da comparação com o código de lip. No entando, neste trabalho apresentaremos apenas a formulação que considera tal separação do campo total, usando a técnica dos EFs.

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2012-11-27
2024-03-28
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