Determinação Do Controle Estrutural De Fontes De Água Mineral: Estudo De Caso Em Santo Antônio De Pádua (Rj)

A cidade de Santo Antônio de Pádua localiza-se no extremo noroeste do Estado do Rio de Janeiro, próxima à divisa com Minas Gerais (Fig. 1). Grande parte de sua economia encontra-se baseada na produção de pedra ornamental e na atividade agro-pastoril. A exploração de águas minerais dos tipos magnesiana e carbogasosa, incluindo-se algumas com íons raros classificadas como iodada e litinada, é bem incipiente, quase que só atendendo a demanda local. Mesmo essa pequena produção de águas minerais vem, nos últimos anos, decrescendo inclusive com o fechamento de várias fontes. Os principais motivos para tal declínio correspondem às baixas vazões dos aqüíferos e a contaminação de alguns deles, principalmente daqueles situados dentro do perímetro.<br>Numa tentativa de estimular a economia da região, a Prefeitura da cidade estabeleceu um convênio com o Departamento de Geologia Aplicada da Faculdade de Geologia UERJ (DGAP/FGEL/UERJ) visando a realização de estudos que permitissem viabilizar a produção de água mineral. Para tal o DGAP estabeleceu um plano de ações onde buscou-se determinar, em uma primeira instância, os controles das diversas ocorrências de águas minerais, de modo a verificar a possibilidade do aumento das vazões das fontes conhecidas e, posteriormente, estabelecer um modelo que pudesse ser extrapolado para a identificação de novas ocorrências. Para a formulação de um modelo prospectivo foi estudada uma fonte Pádua localizada (Fonte Pádua) dentro da cidade.<br>A fonte Pádua (iodada) se encontra em produção, mas por possuir uma baixa vazão, 11000 l/24h (Falcão, 1978) a comercialização da água é restrita somente ao município.