1887

Abstract

A tecnologia sísmica tem sido utilizada na exploraçăo de hidrocarbonetos por mais de meio século. Inicialmente apenas linhas sísmicas 2D eram adquiridas. Entăo, a partir de 1970 os levantamentos 3D começaram a ser usados năo apenas para exploraçăo, mas também para a caracterizaçăo de reservatórios e com isso tęm auxiliado no desenvolvimento de campos de óleo e gás (Grochau, 2009). A sísmica de exploraçăo normalmente tem como foco o mapeamento das estruturas em subsuperfície. Com a sua aplicaçăo no monitoramento de reservatórios o foco passa a ser as mudanças na saturaçăo e distribuiçăo dos fluidos, nos gradientes de pressăo e na temperatura do reservatório. Com o melhor entendimento da subsuperfície é possível diminuir as incertezas associadas aos dados dos simuladores de fluxo e aperfeiçoar o posicionamento de poços (injetores e produtores), como relatado em estudos de caso por Gouveia et al., (2004) e Gonzalez-Carballo et al., (2006). O método sísmico de reflexăo pode ser estudado e aprimorado com dados experimentais obtidos na modelagem física sísmica. Neste tipo de modelagem utiliza-se um modelo geológico em escala de laboratório, construído comumente utilizando-se materiais como metal ou plástico. Uma fonte, normalmente um transdutor piezoelétrico, emite energia sísmica e os campos de onda refletidos no modelo săo registrados dando origem a um sismograma. Existem muitos trabalhos que utilizam este tipo de modelagem com o objetivo de testar algoritmos de processamento sísmico, melhorar técnicas de aquisiçăo e observar a resposta sísmica que um determinado modelo produz. Mu & Cao (2004) realizaram experimentos em um modelo com areia, no qual se variou a saturaçăo dos fluidos ( , , óleo e água) e foi estudada a resposta sísmica em funçăo do fator de absorçăo. Wang et al., (2009) estudaram os padrőes gerados em sismogramas por uma caixa de areia saturada por gás, óleo e água. Cooper et al., (2010) estudaram a resposta sísmica que um modelo na forma de cunha produz (difraçăo, múltiplas e conversőes de modo) nos sismogramas, utilizando dados sintéticos para apoiar a interpretaçăo dos dados experimentais. Sherlock et al., (2000) simularam a sísmica 4D em caixas de areia, variando a saturaçăo dos fluidos no modelo e obtiveram sucesso no mapeamento dos fluidos nos sismogramas. Além disso, Sherlock et al., (2000) também realizaram um experimento com um modelo preenchido por gás e água, no qual foi possível mapear o contato entre estes fluidos com o atributo sísmico cosseno da fase instantânea. Os atributos sísmicos algumas vezes ajudam a visualizar feiçőes, relaçőes e padrőes que de outra forma talvez năo fossem percebidas (Sheriff, 2005). Neste trabalho, realizamos medidas sísmicas ultrassônicas (escala de laboratório) em um modelo composto por um bloco de plexiglass com uma cavidade na forma de cunha que permite ser preenchida por diferentes fluidos. Esta cavidade foi feita para simular um reservatório do tipo pinch-out ou uma trapa. Exemplos de reservatórios com geometria pinch-out săo: Gulfaks (Noruega), Marlim e Peregrino (Brasil). Salmoura e óleo de máquina foram utilizados para simular água da formaçăo e petróleo, respectivamente. A idéia principal no experimento realizado é mapear a distribuiçăo de fluidos, utilizando atributos sísmicos (fase instantânea e amplitude instantânea), para detectar o contato óleo-água e verificar a resposta sísmica que a geometria do modelo produz.

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2012-11-27
2024-04-26
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